Está mais caro manter as tradições gaúchas. E bota mais caro nisso. Um estudo divulgado nesta quarta-feira pelo curso de Ciências Econômicas do Centro Universitário Franciscano (Unifra) sobre a inflação em Santa Maria nos últimos oito anos mostra que produtos como a erva-mate e a costela bovina aumentaram 254% e 123%, respectivamente, no período.
A planilha do Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM) dos últimos 100 meses mostra que, em 2006, o quilo da erva-mate custava em média R$ 3,49. Hoje, o mesmo produto custa em média R$ 12,35. E quem costuma ir ao mercado bem sabe que encontra-se erva de até R$ 18 o quilo em qualquer prateleira.
O corte de carne mais tradicional do churrasco do gaúcho, a costela, está salgada também. Em 2006, um quilo da carne custava em média R$ 5,59. Agora, sai por R$ 12,47. E se o churrasco do final de semana incluir cerveja ou cortes mais nobres (como picanha, tatu ou maninha), prepare o bolso. A variação de inflação, nesses casos, chega a 141% (confira os preços médios de 2006 e de hoje no quadro abaixo).
Em geral, a inflação subiu 64%
O estudo do Índice do Custo de Vida mostra que a inflação geral acumulada na cidade nos oito anos foi de 64,33%. O índice é formado por produtos e serviços consumidos pelas famílias da cidade. Outro dado interessante é que o grupo da alimentação foi o que mais impactou no orçamento das famílias: 110% de aumento.
A edição impressa e online do Diário de Santa Maria desta quinta-feira traz o estudo completo do ICVSM nos últimos oito anos. E vai mostrar que comer fora deixou de ser viável.